domingo, 10 de março de 2013

1.2.



São Paulo, Brasil.

           




            No coração do maior cidade da América do sul, Um homem caminhava rapidamente pela calçada ignorando o transito tumultuado na Avenida Paulista. Passou sob a estrutura colossal do Museu Paulista e parou na esquina da Rua Pamplona, ficou parado alguns segundos esperando que o semáforo interrompesse o fluxo de veículos.
            Sua impaciência desapareceu no mesmo instante que avistou um Toyota sedam preto entre os demais carros. Ele já tinha deparado com o mesmo carro três vezes em menos de vinte minutos. Quais seriam as chances de avistar o mesmo veículo num espaço de tempo tão curto entre milhares de automóveis? Não era coincidência. Ele estava sendo seguido.
            O semáforo abriu para os pedestres cruzarem a avenida, mas ele não acompanhou a multidão. O carro estava entre dezenas de outros, aproveitou essa circunstância para dar a volta no quarteirão.
            Por trás de uma pilastra de concreto observou o Toyota arrancar com velocidade. O homem esperou o veiculo desaparecer na esquina para voltar à Avenida Paulista. Deu sinal para um táxi.
            Saltou trinta minutos depois na Rua Alagoas. O vento assobiava entre as copas das arvores trazendo uma sensação de alívio. Continuou andando. Um peso enorme saiu de suas costas. Pegou o celular e digitou o numero da única pessoa em que ele confiava, ouviu um chiado e depois o som do telefone sendo tirado do gancho, uma voz feminina atendeu.
            — Alo?
            Como era bom ouvir a voz doce da mulher que amava. Ele estava metido numa encrenca e fizera de tudo para não deixa-la se envolver. Mesmo se tratando de trabalho ele não queria que corresse o risco, mas agora eles foram longe demais, tinha que avisa-la para sair da casa o mais rápido possível. Mas ele não disse sequer uma palavra. Sentiu um gosto amargo na boca, um frio congelante apossou de sua alma, a respiração ficava cada vez mais difícil, diminuiu os passos até parar e cair na calçada dura e solitária.
            — Alo? — repetiu a voz. — Vou desligar se não responder...
            Ele não podia responder. Estava caído no meio fio. Uma pontada fria na espinha fazia seu corpo estremecer. Esforçava para ficar consciente, mas tudo ao seu redor ficou em completa escuridão e totalmente silencioso.
            Um Toyota preto se afastou vagarosamente

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